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João Paulo Charleaux

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João Paulo Charleaux
2 years
Sempre me impressiono com eleições no Brasil: capacidade de organizar uma operação complexa, em dimensões continentais, de forma milimétrica, pontual e sincronizada, dentro de estruturas públicas e com um trabalho que é essencialmente voluntário e cidadão. É muito impressionante
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2 years
Ontem, na Paulista, abriu-se um clareira no meio do povo. Todos os olhares convergiam para um ponto, uma pessoa que caminhava rápido, parecia fugir. Achei que era um bolsonarista hostilizado. Depois entendi que eram palmas para o padre Júlio Lancellotti. Aplaudido por milhares.
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2 years
Talvez fosse a hora de nós, da imprensa, pararmos de dizer que “a Polícia Federal cumpria ordens do ministro Alexandre de Moraes”. Ela cumpria e cumpre ordens do Poder Judiciário. Senão, vira uma questão pessoal, que não é.
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2 years
Chegamos no dia em que a Economist - por séculos a publicação mais importante, influente e reverenciada pelo liberalismo econômico mundial - prega voto no Lula. Uma coisa é ser liberal. Outra é apoiar a extrema direita. Só uma parcela do liberalismo brasileiro não entende isso.
@TheEconomist
The Economist
2 years
A second term for Jair Bolsonaro, who spreads misinformation and undermines trust in democracy, would be bad for Brazil and the world. Only Lula can prevent it. Claiming the centre ground is the best way to do so
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2 years
Quando escoltava Lula, os agentes da Polícia Federal pareciam paramentados para ir à guerra. Quando foram à casa de um cidadão armado com fuzis e granadas, foram vestindo camiseta e boné?
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2 years
Vai dar trabalho explicar para quê serve Justiça e polícia neste país se uma pessoa que sai correndo pelas ruas e apontando um revólver para a cara das pessoas não for presa.
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4 years
O que eu testemunhei com certo constrangimento nos bastidores da diplomacia é que o chanceler Ernesto Araújo não é levado a sério. Diplomatas estrangeiros fazem piada e ridicularizam o ministro nas cerimônias e recepções.
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5 years
Publicações de pai e filho foram feitas no intervalo de um minuto, pouco depois de Jean Wyllys ter anunciado que deixará o Brasil por temor de perseguição.
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João Paulo Charleaux
3 years
O Congresso dos EUA foi fechado. A eleição não se consumou, pois a etapa de hoje é parte inseparável do processo. Se aplicarmos ao contexto americano o mesmo padrão que costumamos aplicar na imprensa para qualquer outro país, o que houve hoje foi uma tentativa de golpe de Estado.
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2 years
Na minha zona eleitoral, as pessoas se comportam com uma liturgia e uma reverência impressionantes. Todo mundo fala em voz baixa, sorri, tenta ser gentil. Paira no ar a sensação de que todos estão diante de algo maior que suas próprias preferências pessoais.
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1 year
O que Mourão propôs é jogar a culpa de tudo no colo de Bolsonaro, para que uma nova direita - quem sabe, liderada por outros, como ele próprio, agora na oposição - se limpe e se reconstrua. A limpeza passa por dizer que militares foram vítimas. Não é verdade. Não são ingênuos.
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2 years
É um massacre. Não tem outro jeito de interpretar esse primeiro bloco do debate. Lula está muito à vontade. O formato favorece ele demais. Mas corre o risco de parecer que humilha alguém mais débil. Tem de controlar os risinhos também.
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2 years
Outra coisa simpática de votar sempre na mesma seção: você vê o tempo passar. Encontra fisionomias ligadas às memórias de infância. A bibliotecária do colégio público onde estudei, o cara do fim da rua, de quem nunca soube o nome … é passear por um álbum de fotos.
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2 years
Por causa do trabalho que estou fazendo, estive hoje em Washington numa reunião com Raskin, da CPI da invasão do Capitólio. Está interessado em investigar os vínculos da família Bolsonaro com a turma do 6/1. Disse que é hora de avançar sobre a internacionalização desses vínculos.
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2 years
O sujeito é maior de idade: amarra o próprio sapato, tem CNH, mastiga sozinho, passa cheque. Tudo certo. Aí decide dar uma entrevista lamentando não ter podido comer uma pessoa cozida. E tem gente discutindo se é certo ou errado falar do tema? Veicular o vídeo? Para.
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6 years
Nenhuma autoridade - presidente, ministro, secretário, ninguém - quis estar presente na cerimônia dos 200 anos do Museu Nacional que agora queima, diz o vice-diretor, Luiz Fernando Dias Duarte. Ninguém. 200 anos.
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2 years
Pessoal ainda tem dificuldade de titular: “bolsonaristas pedem golpe de Estado e ditadura militar”. Optam por “atos antidemocráticos” e de “caráter golpista”. Isso é bobagem. Tem de dizer o que é.
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2 years
Por outro lado, é tudo muito Brasil também. Parece um filmaço do Glauber Rocha. Tem toda essa cafonália colossal, gente despencando do céu, um psicopata no poder falando do próprio pênis, tudo no meio de uma campanha eleitoral, coração de Dom Pedro. É tudo muito mórbido e irônico
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5 years
"Se eu fosse xeófobo, machista, misógino ou racista, como teria ganhado as eleições no Brasil?", diz Bolsonaro à imprensa chilena. Como trabalho com tabelas de Excel, apresento todas as declarações xenófobas, machistas, misóginas e racistas de Bolsonaro.
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2 years
Difícil calcular o tamanho do estrago que Paulo Guedes causa ao Brasil pela forma desrespeitosa com que se refere à França. Usa palavrão para desdenhar da parceria econômica e agride o luto francês pelo incêndio em Notre-Dame. Um personagem tosco, agressivo e vulgar.
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2 years
Tenho amigos bolsonaristas com os quais jamais quero voltar a me relacionar. Não por serem bolsonaristas, mas por terem revelado quem são. E tenho amigos bolsonaristas com os quais me relaciono todos os dias, e não quero deixar de me relacionar. É mais complexo que um voto.
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6 years
As ações policiais de ontem à noite contra a liberdade de expressão nas universidades foram ordenadas por juízes eleitorais nos estados. Ela têm um padrão e foram sincronizadas no tempo: 17 universidades. Em 9 estados. Um rally, uma blitz. Quem coordena? De onde partiu?
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2 years
Eu, se fosse diretor de emissora de TV, não transmitiria ao vivo a entrevista de Bolsonaro. Não se abre microfone ao vivo para golpista. As TVs americanas aprenderam isso a duras penas com Trump. Ouve, processa, organiza, contextualiza e pública. Não se faz isso ao vivo.
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2 years
O fato é: presidente agride uma pessoa em Brasília. Não é tentativa de agressão, não é confusão, não é tumulto. As críticas que o rapaz faz, a provocação, as expressões meméticas que ele usa, tudo isso é detalhe. O fato é um presidente da República agredindo um cidadão.
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5 years
Quem planta colhe. Fábricas de armas e munições injetaram R$ 495 mil em 10 candidatos na campanha de 2014. Onyx Lorenzoni recebeu R$ 50 mil só da CBC (Companhia Brasileira de Cartuchos). À época, apresentou 3 PLs que flexibilizavam posse de armas. Hoje, a segunda parte da entrega
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3 years
Quais seus planos para 2022, quando Bolsonaro reclamar de fraude nas urnas e seus apoiadores, com seis armas em casa, cada um, fizerem algo parecido ao que os apoiadores de Trump fizeram em 6 de janeiro nos EUA?
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2 years
Uma opinião: a pressão dos EUA foi decisiva para desinflar o balão golpista da família Bolsonaro e dos poucos generais da reserva que acalentavam ideias de balbúrdia no Brasil. Mensagem simples, curta e grossa, sem ambiguidades. Bateu onde tinha de bater e foi bem compreendida.
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2 years
“Bolsonaro sobe o tom.” Depois de quatro anos subindo o tom, o presidente brasileiro deve consagrar-se ao fim do mandato como o maior tenor desde Luciano Pavarotti. Não há oitavas que o homem não dobre. Quantos títulos já foram escritos assim?
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2 years
A Justiça Eleitoral deve conceder registro a um candidato que publicamente ataca as urnas, dissemina informações falsas sobre o processo e anuncia que não respeitará o resultado, caso derrotado? Qualquer um pode concorrer? Mesmo alguém que anuncia a destruição do próprio sistema?
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4 years
A relação do Brasil com seus três principais parceiros comerciais é a seguinte: perdeu seu maior aliado (Trump) e não tem contato com o novo presidente dos EUA (Biden), nunca se encontrou com o presidente da Argentina (Fernandez) e agora abriu uma crise com a China.
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João Paulo Charleaux
8 months
Ontem Israel atacou um comboio de ambulâncias em Gaza. Além de chocadas, muitas pessoas ficam também perdidas em relação aos argumentos expostos por Israel: e se essas ambulâncias estavam mesmo sendo usadas pelo Hamas? Então, vou tentar explicar o que a lei diz sobre isso:
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2 years
Talvez tenha havido uma explicação muito autocomplacente para o triunfo de Bolsonaro em 2018: a de que as fake news e as campanhas massivas de desinformação tivessem ludibriado um eleitor incauto. O resultado de agora sugere que não. As pessoas optam mesmo, não são enganadas.
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6 years
O ministro da Cultura do Chile, Mauricio Rojas, assumiu o cargo no dia 9. Caiu hoje, no dia 13. Durou 4 dias porque ousou relativizar as atrocidades do golpe de Estado de 1973 e da ditadura Pinochet (1973-1990). No Brasil, essas pessoas são premiadas com quase 20% dos votos.
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6 years
A @folha tradicionalmente traz na página 3 dois artigos com visões diferentes sobre um mesmo assunto. Hoje, dia de eleição, há um artigo de Haddad. O jornal informa que Bolsonaro “não respondeu à proposta”.
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3 years
Como jornalista, tive incontáveis pedidos de entrevista negados ao longo da carreira. Isso é normal. Mas a última negativa é digna de nota, porque revela a essência do atual governo brasileiro. Hoje faz 50 dias que pedi uma entrevista ao @ItamaratyGovBr . Veja só: 1/15
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2 years
O pessoal não para de falar de “esquerda” no debate. O candidato mais à esquerda tem o Alckmin de vice.
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6 years
O presidente do Supremo, Dias Toffoli, recebeu o presidente eleito, Jair Bolsonaro, em Brasília. Na saída, Toffoli defendeu a reforma da Previdência. Eu não entendo o que um presidente do Supremo tem a ver com isso. Espero aprender.
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3 months
Bolsonaro não foi pedir asilo à Hungria. Ele recebeu asilo na prática, durante aqueles dias. A apreensão de seu passaporte correspondia a uma ordem de não deixar o país. Entretanto, deixou, posto que embaixada é território estrangeiro inviolável, nos termos da Convenção de Viena.
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2 years
Bolsonaro teve mais ou menos o mesmo número de votos recebidos no primeiro turno da eleição de 2018 – alguma coisa como 49 milhões. Quer dizer: depois de um test drive de 4 anos, quase metade dos brasileiros decidiu que esse é um bom negócio.
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2 years
Qualquer atitude da imprensa que amplifique as mensagens de Roberto Jefferson neste momento é um erro. Este é um caso clássico de ação violenta para lançamento de manifesto extremista. Qualquer sequestrador recorrer a isso: exige que sua mensagem seja difundida. É uma armadilha.
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João Paulo Charleaux
6 years
Maduro disse que vai "armar até os dentes" 1.6 milhão de milicianos, para proteger seu governo contra intervenções que venham "de Bogotá ou Brasília". Não me lembro de, em 39 anos, ter visto uma referência bélica feita diretamente ao Brasil por qualquer outro país.
@NicolasMaduro
Nicolás Maduro
6 years
Milicianos y milicianas, máxima disciplina y máxima alerta para defender la sagrada causa de la libertad, solo así cumpliremos con nuestro gran objetivo: la paz y la felicidad de nuestro pueblo.
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João Paulo Charleaux
2 years
@SF_Moro Onde vamos parar se qualquer pessoa descontente com uma ação da Justiça reagir dando tiros e lançando granadas nesse país? E se a reação de um ex-juiz e parlamentar for de considerar isso apenas algo “sem noção”? “Sem noção” é cuspir no chão. O que houve é um crime.
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João Paulo Charleaux
2 years
Eu concluiria essa jornada dizendo que, pra mim, a explicação para o Brasil atual e para o relativo sucesso eleitoral do bolsonarismo está num livro de Nietzsche chamado “O Anticristo”. Ninguém tem paciência pra esse papo, eu sei, mas tá lá, bem descrito e explicado.
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2 years
Há um detalhe paralelo interessante na questão do uso de granadas por Roberto Jefferson contra a Polícia Federal: a ideia de que os agentes tenham sido feridos por estilhaços dessas granadas, pois, teoricamente, essas granadas não podem projetar estilhaços.
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5 months
Se confirmada a info de que membros das IDF usaram disfarces médicos para entrar com fuzis dentro de um hospital da Cisjordânia e matar um membro do Hamas, teremos um caso clássico, didático, redondo, irretocável, do crime de perfídia.
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3 years
Repara numa coisa: Lula não disse nada. Tudo o que Bolsonaro mais precisava agora, desesperadamente, é de um espantalho. Não tem ninguém na rua contra ele. Não tem black bloc. O PT está quieto. Não tem comunismo. É só Bolsonaro gritando sozinho numa rua deserta.
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3 years
Na França, novo confinamento. Mas veja o contraste nas regras: toque de recolher às 19h. Deslocamento permitido apenas num raio de 10 km ao redor do domicílio, mediante preenchimento de autorização na qual se especifica o motivo da saída. Serão quatro semanas assim.
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5 years
Bolsonaro passou 28 anos homenageando torturadores e exaltando grupos de extermínio na tribuna da Câmara dos Deputados. Os discursos são públicos, estão nos autos, reportados pela imprensa. Foi eleito assim. Talvez tenha sido eleito por causa disso. Qual a surpresa?
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João Paulo Charleaux
6 years
O oposto de pendurar faixa contra fascismo em universidade não é pendurar faixa contra petismo. É pendurar faixa a favor do fascismo. O oposto de pendurar faixa contra o assassinato de Marielle é pendurar faixa a favor do assassinato de Marielle. Se há partidarismo nisso, é este.
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João Paulo Charleaux
5 years
Qual é a serventia da camuflagem e do poder de fogo de um fuzil na prisão preventiva de um idoso acusado de crimes de natureza financeira? É a militarização exacerbada de tudo no Brasil. A ida de Lula ao velório do neto também foi assim.
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João Paulo Charleaux
3 years
A gente se perde em bobagens no Brasil enquanto o mundo gira. A dança que Biden e Merkel estão protagonizando nesses dias em torno da China é algo da maior importância. Mas estamos todos hipnotizados aqui com artefatos de uma barraquinha de miçangas.
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João Paulo Charleaux
6 years
Fico pensando num ministro da Educação da França dizendo ter saudade de Luís XIV, relativizando a tortura na Argélia, ou um ministro da Educação no Chile elogiando Pinochet, Contreras, a Dina. Ou um americano elogiando o macarthismo. Não acontece. Está acontecendo aqui.
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João Paulo Charleaux
2 years
"Bolsonaro se envolve em confusão" é sacanagem. O presidente da República avançou contra um cidadão, tocou fisicamente no rapaz, pegou pelo colarinho, tentou tomar o braço à força e usou seguranças para tentar subtrair um celular. É preciso dar as coisas a gravidade que elas têm.
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João Paulo Charleaux
1 year
Um dos riscos de envelhecer é o de guardar ressentimentos. Lembro de um tempo em que era preciso brigar para poder chamar o governo Bolsonaro de "extrema direita". Já era claro, mas muitos não viam. É impossível não lembrar de como foi esse caminho, até se tornar óbvio.
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@jpcharleaux
João Paulo Charleaux
2 years
Os vídeos em que R Jefferson mostra a chegada da PF na porta da casa dele são manifestos de um extremista político violento. Difundi-los é dar alcance a uma mensagem criminosa dirigida a uma base radicalizada. Não se lê manifesto de terroristas suicidas.
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João Paulo Charleaux
6 years
Qdo Trump foi à ONU defender Jerusalém como capital de Israel, ouviu "não" de 128 países. Os únicos apoios vieram de Micronésia, Palau, Nauru, Togo, Ilhas Marshall, Guatemala e Honduras, além de Israel. Agora, Bolsonaro promete unir o Brasil a essa lista de países tão influentes.
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João Paulo Charleaux
3 years
Antigamente, quando o Brasil era um país mais ponderado, 26 mil homens foram mandados para matar nazistas na Itália.
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João Paulo Charleaux
9 months
Jamais podia imaginar que Bolsonaro tivesse chegado ao ponto de falar de golpe de Estado com a cúpula das Forças Armadas. Eu pensei que ele só falava disso em entrevistas e discursos públicos amplamente difundidos e conhecidos ao longos mais de 30 anos.
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João Paulo Charleaux
6 years
Direitos humanos não são concessões que algum gov faça a vc. Não são direitos que alguém possa lhe dar. O direito à vida, à livre expressão e associação, tudo isso nasce com cada ser humano. São características inerentes. O máximo que se cobra de um gov é não regredir sobre isso.
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João Paulo Charleaux
3 years
Deixa ver se eu consigo explicar: ninguém embarcou no governo Bolsonaro por admirar o presidente. Todos viram nele um idiota que oferecia uma chance de adiantar suas próprias agendas, as agendas de seu setores. Todos fazem pouco caso dele pelas costas. Só Regina Duarte admira ele
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João Paulo Charleaux
4 years
Todos os embaixadores aos quais Ernesto discursou no Itamaraty, dizendo que Bolsonaro é um gênio injustiçado no controle da pandemia, estão sem vacina, com os filhos fora da escola e sem horizonte de saída para uma situação que só se agrava. São pessoas que estão sofrendo na pele
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João Paulo Charleaux
3 years
Lula escolheu começar mostrando face humana, conciliadora e cheia de empatia pelos mais pobres, pelos parentes de mortos na pandemia, sem rancor com seus adversários judiciais. Busca contraste com posição raivosa de Bolsonaro e manda afago a militares e policiais.
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João Paulo Charleaux
3 years
Minutos depois do discurso de Lula, Bolsonaro, grande antagonista político nas projeções para 2022, se pronuncia no Planalto. Presidente diz que criou o "maior programa social do mundo" e se antecipou na compra por vacinas, o que contraria relato dos próprio laboratórios.
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João Paulo Charleaux
2 years
Tem uns caras na Jovem Pan dizendo que o que ocorreu em Brasília hoje é uma armação da esquerda para incriminar um movimento legítimo e pacífico. Lembram que Dino é comunista e insinuam que um Estado totalitário está sendo implementado. Só para dar uma ideia da coisa toda.
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@jpcharleaux
João Paulo Charleaux
2 years
@GeneralMourao V. Exa. foi eleita para o Senado em 30 de outubro pelo mesmo sistema de votação que elegeu Lula presidente e, em 2018, havia eleito Bolsonaro presidente e v. exa. como vice. A "legitimidade" do questionamento às urnas se aplica apenas a seus adversários ou a seu mandato também?
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@jpcharleaux
João Paulo Charleaux
2 years
O rechaço à nova Constituição chilena só surpreende os mal informados. Durante todo o processo, o comparecimento não foi alto. Houve um forte engajamento da vanguarda de esquerda, mas o grosso da população estava com a cabeça em outro lugar. Cumpri um papel que por vezes …
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@jpcharleaux
João Paulo Charleaux
2 years
Em 10 segundos, @renataloprete prestou maior serviço à democracia que toneladas de posts campanhudos. Fez o básico: perguntou duas ou três vezes se Bolsonaro vai largar o osso caso perca. É importante questionar. Mesmo que ele possa estar mentindo. Simples e forte.
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@jpcharleaux
João Paulo Charleaux
3 years
Cantor Belo, deputado Daniel Silveira, apresentador Ratinho, Datena, Kajuru. Não conheço outro país do mundo no qual as pessoas fiquem tão mobilizadas, durante tanto tempo, por personagens tão ignóbeis. A atenção pública aqui é sequestrada pelo que há de pior na cultura nacional.
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@jpcharleaux
João Paulo Charleaux
3 years
Na semana passada dei uma palestra sobre jornalismo a alunos da Universidade de Lyon, na França. A certa altura me fizeram uma pergunta inusitada, que eu acho que vale a pena comentar aqui: como lido pessoalmente com o volume de notícias deprimentes?
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@jpcharleaux
João Paulo Charleaux
6 years
Viu a entrevista do comandante do Exército britânico opinando sobre o Brexit? Viu a do comandante do Exército francês sobre a colonização ultramarina? E a do chileno ou argentino sobre a ditadura? Não. Mas tem entrevista hj do novo comandante do Exército brasileiro sobre política
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João Paulo Charleaux
6 years
Bolsonaro instiga população do AC a fuzilar membros do PT. Antes, pregou uso de lança-chamas contra funcionários do Min. da Educação. Já lamentou que FHC não tenha sido fuzilado também. Defendeu tortura, ditadura. O sistema, a democracia, a República não reagem.
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@jpcharleaux
João Paulo Charleaux
3 years
É chocante que um general que comandou o Exército revele que agiu politicamente se imiscuindo em assuntos do Judiciário, com apoio do Alto Comando da Instituição, mas não tão chocante quanto o fato de nenhuma instituição reagir quando toma conhecimento da confissão.
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@jpcharleaux
João Paulo Charleaux
6 years
“Nunca tivemos o apoio necessário para o Museu, mas agora todos se mostram solidários”, diz o vice-diretor do Museu. “Sinto muita raiva.”
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@jpcharleaux
João Paulo Charleaux
1 year
A França- famosa pelas manifestações que culminam com carros queimados - tem uma nova onda: esvaziar pneus de SUVs. A estratégia é sabotar e desencorajar a compra e o uso de carros maiores, mais pesados e mais poluentes em áreas urbanas nas quais esses veículos são desnecessários
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@jpcharleaux
João Paulo Charleaux
6 years
Não quero pegar no pé de ninguém, mas para alguém que trabalha tentando descobrir, entender e contar a verdade factual sobre as coisas, é difícil engolir a ginástica que alguns colegas estão fazendo para evitar classificar Bolsonaro como um candidato da extrema direita populista
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@jpcharleaux
João Paulo Charleaux
6 years
Há a esta altura um grupo de brasileiros - empresários, políticos ou pessoas comuns - que acreditam desesperadamente no sucesso do futuro governo. É uma crença desprovida de evidências empíricas. Pertence, portanto, ao campo da fé. É comovente. E, por ser acrítico, é assustador.
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@jpcharleaux
João Paulo Charleaux
2 years
Estive hoje em São Paulo com o historiador brasilianista @JamesNGreen da Brown University. Ele disse que esta é a primeira vez na história que o Senado americano adota uma resolução unânime, com este teor, sobre o Brasil. Nenhum republicano se opôs. É uma história a ser contada.
@Brazil_Office
Brazil Office
2 years
🚨 O Senado 🇺🇸 acaba de aprovar por unanimidade uma resolução proposta pelos senadores @timkaine @SenSanders que urge o governo dos EUA a agir para pressionar o governo Bolsonaro a respeitar a democracia e se abster de atacar as urnas e o sistema eleitoral
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@jpcharleaux
João Paulo Charleaux
5 months
Bolsonaro tem razão de estar surpreso. Desde pelo menos 1999 ele defende publicamente guerra civil, golpe de Estado, ditadura e tortura no Brasil. Não somente nunca foi importunado como foi premiado com cargos de deputado e presidente. De fato, a mudança é uma surpresa.
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@jpcharleaux
João Paulo Charleaux
3 years
Saiu o discurso de posse do novo chanceler, Carlos Alberto Franco França. Minhas observações:
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@jpcharleaux
João Paulo Charleaux
2 years
Se Bolsonaro perdeu a eleição e é agora um pato manco, por que as instituições não vão pra cima dos agentes públicos alinhados a ele que estão agindo ou se omitindo com a finalidade de vandalizar a institucionalidade do país? Processo administrativo, por exemplo. Exoneração.
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@jpcharleaux
João Paulo Charleaux
3 years
Quando o sujeito fala em usar “taco de baseball” como arma branca, no Brasil, você já sabe que é uma criança gorducha viciada em filme americano na Sessão da Tarde e bolacha de morango, que está dentro do corpo de um adulto, brincando de ser ex-parlamentar evangélico violento.
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@jpcharleaux
João Paulo Charleaux
3 years
Em Parintins, no Amazonas, pacientes entubados na UTI passaram o fim de semana amarrados à cama porque acabou o sedativo usado na entubação. Procedimento extremo é usado para evitar que o paciente arranque os tubos da oxigenação mecânica, informa @jornalnacional . Eis o nível.
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@jpcharleaux
João Paulo Charleaux
6 years
Só nós, jornalistas, sabemos a diferença entre repórteres e colunistas, entre reportagem e artigo, entre apuração e editorial, entre fato e opinião. A maioria dos leitores toma tudo como uma coisa só. Estamos pagando um preço alto por uma cultura editorial que talvez não funcione
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@jpcharleaux
João Paulo Charleaux
6 years
Uma forma de medir a qualidd da democracia num país é o custo da participação política. Se o custo de se expressar, de defender seu candidato, seja nas redes, seja nas ruas, é muito alto, a democracia é fraca. Se você deixa de fazer ou de dizer algo por medo, a democracia é fraca
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@jpcharleaux
João Paulo Charleaux
6 years
Quer ver uma dor de cabeça maior que a sua? Diplomatas que a partir de 1º de janeiro de 2019 terão de vender convincentemente fora do Brasil a política de um governo que é contrário a todos os valores que a diplomacia costumava defender até então. Já tem gente em posição fetal.
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@jpcharleaux
João Paulo Charleaux
6 years
O Brasil tem só 0,3% de imigrantes. A média dos demais países em desenvolvimento é de 1,7%. EUA tem 14,6%. Canadá, 21,8%. Austrália, 28,4%. São dados. De posse desses dados, lei a thread do chanceler do novo governo e tire suas conclusões.
@ernestofaraujo
Ernesto Araújo
6 years
1/A imigração é bem vinda, mas não deve ser indiscriminada. Tem de haver critérios para garantir a segurança tanto dos migrantes quanto dos cidadãos no país de destino. A imigração deve estar a serviço dos interesses nacionais e da coesão de cada sociedade.
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@jpcharleaux
João Paulo Charleaux
5 years
Aprendo lendo a Folha de hoje que Renan Calheiros, a raposa, o articulador, o enxadrista experiente, o vetusto pretérito encrustado na cadeira, tem 24 anos de Congresso. Bolsonaro, dito outsider do sistema, tinha 28. Storytelling.
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@jpcharleaux
João Paulo Charleaux
3 years
Para quem realmente ainda não entendeu: lockdown não é remédio contra a pandemia, não vai acabar com a doença. É apenas uma forma de reduzir ao máximo a circulação do vírus para que haja leito, respirador e médico suficiente para atender os infectados. É só isso. E é muito.
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@jpcharleaux
João Paulo Charleaux
3 years
É capaz que o presidente Bolsonaro, seus ministros e apoiadores atribuam a uma agenda ideológica a decisão francesa de – certamente não hoje, mas em algum momento – parar de comprar soja brasileira, como anunciado hoje por Macron. Não é ideológico, pelo seguinte:
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@jpcharleaux
João Paulo Charleaux
5 years
Ao longo de sua carreira política, o presidente Jair Bolsonaro fez pelo menos três discursos elogiosos às milícias e aos grupos de extermínio no Brasil. São discursos explícitos, não são grampos ou inconfidências. Dois deles foram feitos no plenário do Congresso Nacional.
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@jpcharleaux
João Paulo Charleaux
5 years
O governo brasileiro está brigando com a Amazon pelo domínio de URL Amazon por causa da Amazônia. Leia de novo. Leu? É isso mesmo.
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@jpcharleaux
João Paulo Charleaux
5 years
Já perdi a conta de qtas vezes Theresa May apresentou uma "proposta final" ao Parlamento sobre o assunto mais chato do mundo, o Brexit. As propostas de Mays parecem aqueles arquivos de Word que você salva como "final", "final final", "finalíssimo", "final pra valer"
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@jpcharleaux
João Paulo Charleaux
1 year
Passe um café que essa história é boa. No sábado, 600 manifestantes neonazistas marcharam pelas ruas do 6º distrito de Paris, uma zona nobre e central da capital francesa. O fato desatou um rico debate sobre os limites da liberdade de expressão no mudo real, não nas redes.
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@jpcharleaux
João Paulo Charleaux
6 years
A eleição marcou a volta dos militares ao poder. Agora, pelo voto. Não é só Bolsonaro e Mourão. De 1.636 candidatos militares, 104 foram eleitos. Índice de sucesso foi 10x maior do que em 2014. Some a isso intervenção no RJ, operações GLO e pedidos de 'intervenção'.
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@jpcharleaux
João Paulo Charleaux
2 years
A coisa do Bolton é o seguinte: não é da cabeça dele. Os EUA têm manuais de golpe de Estado. Numa boa. Em abril de 2019, por exemplo, veio a público um desses manuais, feito pela Universidade de Operações Especiais Conjuntas dos EUA. Tim-tim-por-tim-tim
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@jpcharleaux
João Paulo Charleaux
3 years
Em 26/04/2019 juntei uma porção de evidências de que esse moço difundia símbolos, frases e outras coisas neonazistas. Apresentei, enviei pra um bocado de gente influente no jornalismo. Estava revendo aqui essas mensagens. Ignoraram ou acharam exagero. Me senti um idiota. Taí.
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@jpcharleaux
João Paulo Charleaux
6 years
A fascinação que 20% do eleitorado brasileiro tem com os militares seria facilmente resolvida com um programa público de psicanálise freudiana focada em carência paterna na primeira infância.
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@jpcharleaux
João Paulo Charleaux
6 years
Em 2002, Celso Lafer, chanceler de FHC, teve de tirar os sapatos para passar em detector de metais em aeroporto de Miami. O gesto foi visto como submissão. Hoje, o ministro da Defesa de Bolsonaro estendeu a mão a Bolton, que, em resposta, lhe entregou uma caneca, esperando café.
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