6h40:
- Professor, posso tirar uma dúvida?
- Claro!
- Não concordo com sua aula sobre o nazismo. Você ignora o que ele fez de bom na economia da Alemanha.
Eu descontruí a falácia da boom econômico nazista com bibliografia.
Ele apresentou um vídeo de um influencer financeiro. 🤡
CQC e Pânico foram dois programas humorísticos que impulsionaram traços de comportamento violentos da personalidade. Disfarçados de programas ousados e irreverentes, diziam estar quebrando os moldes engessados da mídia televisiva tradicional e se colocavam como vanguarda na TV.
O Enem de ontem foi uma prova na qual um professor youtuber conseguiria apresentar conteúdo preparatório adequado aos seus alunos. Já, o youtuber professor, provavelmente não. Aqui, a ordem dos fatores altera demais o produto.
No Pânico, a suposta vanguarda era uma mistura de escatologia com constrangimento de celebridades, sempre com fortes doses de violência simbólica, misoginia e homofobia. A novidade era a linguagem memética aplicada ao conteúdo em uma dinâmica fragmentada de reprodução infinita.
No CQC, um verniz pseudo-intelectual emprestado pelo âncora visava dar ares de requinte e ousadia à mesma tática de constrangimento praticada pelo Pânico. Até a misoginia e a homofobia estavam sempre presentes em comentários supostamente jocosos da bancada e dos "repórteres".
Esses programas cristalizaram um modus operandi que faz uma falsa equivalência entre liberdade de expressão e assédio. Foram os únicos? Claro que não! Mas a relevância que tiveram na tv aberta os coloca como exemplos importantes desse problema: a falácia da falsa equivalência.
Hoje, esse é o argumentos de 10 entre 10 agressores. Sim, agressores. Constranger uma pessoa, seja ela pública ou não, em um momento privado, é assédio. Não há liberdade de expressão humorística ou jornalística que justifique o assédio. Essa foi a herança de CQC e Pânico.
O que esses programas fizeram foi alimentar a falâcia da liberdade de expressão como direito absoluto. A cada absurdo jurídico cometido por eles, um afirmava que o humor não pode ter limites, enquanto o outro bradava que estava defendendo a liberdade de expressão. E hoje?
O objetivo do Pânico nunca foi informar. Era apenas entretanimento do final de domingo. Por sua vez, CQC se apresentava como um jornalismo ousado, de coragem, sem rabo preso. Se havia humor, esse era devido à suposta genialidade de seus integrantes. O CQC se levava muito à sério.
Para fechar, comparem a "ousadia" do CQC com o jornalismo investigativo feito pelo Profissão Repórter, de Caco Barcellos. Sobre o Pânico, como disse mais acima, nunca foi um programa de informação. Foi apenas um humorístico que nunca soube fazer outra coisa a não ser constranger.
Entre as noites de domingo e de segunda, na TV aberta, assistíamos a um festival de grosserias, constrangimentos, perseguições públicas com câmeras em mãos e desrespeito à privacidade das pessoas escolhidas como tema das "reportagens". O objetivo: causar constrangimento sempre.
Após o fim do CQC em 2015, passamos a ver uma onda de perseguições e constrangimentos públicos realizados por pessoas violentas e sádicas. Pessoas que vêem naquele que pensa de forma diferente um inimigo a ser exposto, revelado, encaminhado para o linchamento na internet.
É inegável o conteúdo sádico do humorístico Pânico e do jornalismo do CQC. Não, esses programas não são os responsáveis pela onda de violência que vivemos hoje, pelos ataques feitos por indivíduos que utilizam seus celulares como espadas justiceiras de paladinos da liberdade.
Se você vê um lado bom no nazismo e um lado bom na escravidão, você não é progressista, muito menos imparcial.
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Você é apenas um nazista e um racista.
E lá vamos nós para o fim de mais uma quinta-feira normal na vida do docente de humanidades no Brasil de 2022. 🥴
Em 1995, às 21h de uma quarta-feira, 13 de setembro, a aula foi interrompida.
Um dos alunos da turma da 6a série do supletivo se levantou e pediu a palavra.
Ele começou um discurso. Disse que na sala existiam várias profissões: frentistas, domésticas, balconistas, faxineiros +
Olá, pessoal! As matrículas para o Curso Enem e Vestibulares já estão abertas. São 35 semanas com aulas de História Geral e do Brasil, Atualidades, Filosofia e Sociologia. Tudo pela nossa plataforma ou pelo Clube do HO (YouTube). Que saber mais? Clica aí:
O Luciano Huck falando de educação sem base conceitual nenhuma e sem vivência educacional de fato é algo muito esclarecedor sobre o buraco no qual estamos.
Ele não está aberto a debate algum. Na cabeça dele, ou a educação vira um modelo de negócio ou não serve para nada.
A disciplina: Antiguidade I.
O professor: um dos maiores especialistas brasileiros sobre o tema.
O curso: História.
Os alunos, revoltados: "Como assim, professor, na bibliografia não tem Percy Jackson e eu não posso usar esse livro pra fazer o trabalho?!?"
Nem sei o que dizer...
A mecânica é a área da física que se preocupa com os movimentos de corpos macroscópicos. Forças aplicadas a objetos resultam em deslocamentos ou mudanças na posição de um objeto em relação ao seu ambiente.
Vem cá: o bolsonarismo é de extrema-direita e toda extrema-direita é radicalmente antidemocrática e golpista. Não existe minoria radical no bolsonarismo. O bolsonarismo é, como um todo, de extrema-direita. Entendo a estratégia da mídia de diminuir a relevância do bolsonarismo +
Três regras que aprendi com grandes professores em 27 anos de profissão:
1. Didática é um meio, não um fim.
2. Simplificar é diferente de vulgarizar.
3. Entreter não é sinônimo de educar.
Em tempos de influenciadores digitais, voltar a essas regras é uma obrigação diária.
O que está acontecendo nesse momento em várias regiões do Nordeste é um dos maiores atos de corrupção eleitoral desde o fim da República Oligárquica. TSE, não adianta punir depois das eleições. É flagrante a fragilidade institucional que se instalou no Brasil desde 2018.
Criminalizam e inutilizam o ensino de sociologia e filosofia no ensino fundamental e médio para, depois, se assustar com a quantidade de pessoas que defendem golpes contra o Estado de Direito e violações dos Direitos Humanos. Quem diria, não, gênios "ingênuos" do mercado?
Desde as eleições de 1989, nunca houve uma ação institucional tão escancarada para evitar que os eleitores votassem. A gravidade do qie está acontecendo não tem precedentes na história eleitoral recente de nosso país.
Dia pesadíssimo para quem é docente.
O caminho mais fácil: agir como se fosse algo absolutamente singular.
A verdade? A questão é estrutural, não conjuntural.
Passa pelo que nos tornamos enquanto sociedade.
Desumanizados, frustrados.
A violência é consequência, não a causa.
Tá batendo aquela esperança? Aquela vontade de pensar no futuro novamente? De ver no horizonte a utopia, o sonho, a vontade do próximo passo? Sim, eu sei, não será fácil. Pode ser que nem aconteça. Não é sobre isso. É sobre a liberdade de poder sonhar e de se orgulhar... 😉
O racista é covarde. Ele sabe que sofrerá consequências expondo seu racismo. Por isso ele o disfarça em falas cheias de pseudo-moralidade. Exemplos: Muhhamad Ali, ao dançar no ringue, era desrespeitoso; Pelé, violento por socar o ar ao comemorar o gol. DANCEM MAIS QUE TÁ É POUCO.
O ensino para o mercado não ensina a pensar ou a estudar. Ensina a vencer, como se estudar fosse uma competição na qual há um final e que somente alguns poucos serão laureados. O ensino deveria se preocupar, fundamentalmente, em formar cidadãos, não apenas profissionais.
Enfim...
1/3
Em 1995, quando comecei a faculdade, um dos alunos da turma era judeu. O avô havia fugido do Gueto de Varsóvia.
Em uma visita à sua casa, ele me mostrou o talith do avô.
Um dia, ao voltarmos do intervalo de uma aula, havia suásticas desenhadas a caneta em seu caderno.
Petição da AGU ao STF enviada agora: prisão em flagrante de todos os indivíduos envolvidos à invasão do Congresso Nacional e do STF, incluindo o Secretário de Segurança Pública do DF.
Sempre que algum aluno me fala "amo humanas, mas vou prestar medicina", eu o encorajo a prestar medicina. Precisamos de mais médicos humanistas, de engenheiros humanistas, de seres humanos humanistas. E, por favor, não me venham com a famosa desculpa "foi só uma brincadeira".
Em uma aula na cidade onde cancelaram o show de um humorista por conta de ameaças de grupos de extrema-direita, passei por uma situação curiosa.
Após a aula introdutória sobre ética, um aluno veio debater o tema, discordando de praticamente tudo o que eu havia exposto. (1/3)
Vivemos uma infantilização radical. Nada pode doer, frustrar ou ser negado ao cliente-aluno.
Cidadania como sinônimo de consumo, resultando numa imaturidade atroz e num sadismo compulsivo.
A educação como produto, a aula como commodity, o professor como animador de auditório.
Eu não sabia quem era o Metaforando. Graças ao
@tiagosantineli
, descobri.
Eu ri, é claro. Os vídeos do Tiago são impagáveis. E ele está certíssimo!!! A quantidade de picaretas que fazem pseudociência e se dizem historiadores, sociólogos, antropólogos e economistas é assustadora.
Em educação, didática e responsabilidade andam sempre juntas. Abrir mão da responsabilidade acadêmica em prol da didática é tão errado quanto achar que o conteudismo independe da didática.
3/3
Não reproduzirei a "piada" aqui. Basta saber que era racista e justificava o genocídio.
Ah, para garantir que era uma "piada", o autor terminou o "texto" com emoji de risada.
1995-2023.
Como diria o saudoso Millôr Fernandes:
"O Brasil tem um enorme passado pela frente."
A assimetria com que são tratados atos de manifestação e bloqueios de vias públicas deixa evidente a questão de classes nesse país. Associam pobreza à criminalidade e riqueza à civilidade. Comportamento censitário de quem deveria defender a isonomia jurídica, mas cria privilégio.
Mais uma do dia:
- E qual experiência você tem em educação?
- Leciono há 28 anos.
- Isso não é experiência! Quem dá aula não sabe de educação e de administração de escola.
É verdade.
Quem sabe é o... MERCADO!!!
Esqueço que vivemos na era do wishful thinking educacional.
... educação que vai muito além de notas de cortes, aprovações e vagas em cursos concorridos.
Aos meus alunos da 6a série do supletivo noturno do Colégio Caaso de 1995, obrigado! Nesse dia, vocês me deram uma vida inteira. Se sou professor até hoje, vocês são os responsáveis.
Comecei a lecionar os aos 18, em 1995.
Lecionei em 27 cidades.
Desde 2009, no YouTube, tento disseminar a ideia de "educação cidadã".
Se eu me arrependo de ser professor? Não.
Se aconselho outros a seguir a carreira? Sim.
Se é fácil? Não.
Vale a pena? Ah, somos teimosos...
Enquanto subia a Augusta em direção a Paulista, lembrei de três amigos que se foram devido ao atraso na compra de vacinas. Olhei para o céu, ouvi os gritos, os risos e os fogos e chorei. Chorei sorrindo, sentindo no salgado das lágrimas uma sensação de euforia e paz. Sigamos!!!
Nem sempre o nível de escolarização é diretamente proporcional ao nível de politização do indivíduo. Acreditar que diplomas e títulos acadêmicos tornam a pessoa necessariamente mais politizada sempre foi uma estratégia para alienar a maior parte do povo do debate político.
O ESTRAGO que o influenciador financeiro faz na cabeça das pessoas. Teve uma certa "investidora e influenciadora" que afirmou não existir comércio fora do capitalismo. SIM, É ISSO QUE VOCÊ LEU: ELA AFIRMOU QUE O CAPITALISMO INVENTOU O COMÉRCIO! Bora rasgar nossos diplomas, né?!?
Ao sair da casa no último domingo, descendo a rua para chegar à Augusta, eu ainda estava com medo. Um medo que tinha se espalhado como erva daninha pela minha alma, adubado por 6 anos de violências brutais.
Ao chegar à Augusta e começar a subida rumo à Paulista, algo aconteceu.
6500 trabalhadores mortos. Passaportes retidos impedindo os trabalhadores, na sua maioria estrangeiros, de pedir demissão e sair do país. Violação sistemática de direitos humanos. Lavagem de dinheiro escancarada. Mas a manchete nos jornais é sobre a proibição de venda de cerveja.
Falar que bullying é a causa dos ataques às escolas é um argumento superficial.
Quem sofre mais bullying nas escolas?
Qual a cor da pele, a classe social e a sexualidade dos alvos mais comuns do bullying escolar?
Não me parece que os que atacaram as escolas estão nesse grupo.
Lembrete para o ano novo que se anuncia: titulação acadêmica não é sinônimo de sabedoria de vida e de humaismo.
Ser bom em algo específico só o faz ser... bom nesse algo específico.
De nada adianta ser um douto em sua área e ser um estúpido absoluto em humanidade e empatia.
Nos últimos quatro anos eles pediram golpe, a volta do AI-5, homenageram torturadores, publicaram ameaças de assassinato em redes sociais e o que aconteceu? Nada. O senso de impunidade se tornou certeza para esses que se autodenominam patriotas. Por isso filmaram tudo no domingo.
Machiavelli nunca escreveu que "os fins justificam os meios."
Essa frase não é apenas uma simplificação de seu pensamento, é uma subversão proposital.
Em tempo, Antoine de Saint-Exupéry também não escreveu essa frase.
É cada uma...
Analisei alguns textos gerados pelo ChatGPT.
Falar que são textos bem escritos só prova o quanto perdemos a capacidade de leitura crítica.
Textos rasos, com desinformação e imprecisão gritantes e recortes desconexos.
Textos aparentemente complexos e essencialmente toscos.
Ainda sobre o Enem: críticas adjetivas são sempre pessoais (subjetivas). Críticas objetivas são mais relevantes, buscam ir além do que percebemos como indivíduos, dos nossos gostos e desejos. Dizer algo como "não gostei da prova" sem apresentar razões objetivas é apenas desabafo.
Vocês estão chocados com o bando de gente se revelando após a eleição? Em 2013, um grupo de alunos de cursinho propôs, de maneira séria, uma "escravidão modernizada, mais humana" para acabar com o desemprego. Sempre foram, só perderam a vergonha por se sentirem autorizados.
Inês Etienne Romeu (1942-2015).
No dia de hoje, deixo aqui uma homenagem à luta de Inês. A palavra resistência, para mim, só tem significado pleno se conjugada tendo Inês como sujeito. Fica aqui a recomendação: visitem a exposição Mulheres em Luta! no Memorial da Resistência.
Sabe o que é triste nesse NEM? A desidratação do conteúdo é tamanha que apenas enganadores conseguirão dar aula. Será necessário ser muito bom em "falar muito sem saber quase nada" para se destacar nesse novo formato de ensino. Esse NEM pune quem sabe e premia quem convence.
Chegou o fim de semana decisivo. Não nos ausentemos. Há quem busque pontes e construa diálogo, há quem use da negação e do escárnio. Perfeitos? Nenhum. Mas há quem permita continuar, inclusive, criticando...e há quem ponha, sobre tudo, sigilos impostos por lei.
Quem trata racismo como piada, comediante não é.
Quem ri da fala racista, inocente não é.
Quem defende quem faz do racismo piada, cidadão não é.
Racista, racista e racista.
E três vezes na madeira a batida.
Não é mais uma questão de "se".
Entramos na fase do "quando".
Quando acontecerá o próximo ataque a uma escola ou creche.
E haverá aqueles que capitalizarão suas teses absurdas, que são parte das causas desses ataques, como soluções mágicas.
É desesperador...
Os danos que a gameficação da sociedade causa são evidentes.
Inúmeros jovens e adultos revoltados por não serem recompensados a cada mínima obrigação concluída, tentando aplacar a frustração expondo cada mínimo afazer do dia nas redes sociais, implorando pelo like-biscoito.
Alguém tem que ensinar pra Folha de São Paulo que punir crimes a partir do devido processo legal em um Estado de Direito não é revanchismo, é a normalidade que se espera de uma democracia. Ah, é verdade, ela sabe disso. 🤡
Vereador racista: eleito apesar ou por conta do seu racismo?
"Coach" misógino" famoso apesar ou por conta de sua misoginia?
Perguntas retóricas, é claro.
Respostas óbvias, evidentemente.
Evidências óbvias que dizem muito sobre o tamanho do buraco no qual estamos metidos.
Pra quem leciona humanas: a luta HERCÚLEA que é desmontar a visão linear e teleológica de História na cabeça da moçada de 18-20 anos! A maioria deles surta, dá tilt, cai em posição fetal e chora quando você apresenta algo fora da lógica linha do tempo eurocêntrica e positivista.
Desabafo: precisamos resistir, como educadores, à falácia da meritocracia. Disfarçar privilégio como mérito é parte da ideologia que visa ocultar a brutal desigualdade social no Brasil. Resistir à falácia da meritocracia é um ato transformador que devemos adotar como educadores.
Democracia não é a pura e simples vontade da maioria. É a vontada da maioria DESDE QUE nenhum direito seja violado. Impor a vontade da maioria violando os direitos comuns a todos é DITADURA DA MAIORIA. Quem está política há décadas e não e entende isso é, no mínimo, desonesto.
O ego autoritário adota o vitimismo e a conspiração para justificar seu fracasso. Covarde por natureza, não consegue sequer admitir a verdade. Foge dela ao não pronunciá-la e convoca outros para proferi-la. Vivem em um mundo de medo, pois temem que todos sejam seu reflexo.
Um dos traços da personalidade autoritária é a incapacidade de conceber a realidade como algo diferente do imaginado. É um processo de alienação compulsória, de reificação das ideias e idealização das coisas. Incapazes de aceitar o diverso, reagem de forma imatura e violenta.
Foram três meses de constantes "debates ", com diferentes alunos, todos olavistas.
Quando rebatidos com argumentos, sempre diziam: o Olavo alerta sobre professores como você.
Não me assusta o cancelamento do show do humorista lá.
Uma pergunta aos que nasceram entre os anos 1970-1990: onde você estava na manhã de 11 de setembro de 2001?
Eu estava em sala de aula. Lembro da coordenadora entrando aos berros na sala, ordenando que a TV fosse ligada.
E você? Deixa aqui nos comentários.
2/3
O caso foi resolvido informalmente. Os desenhos foram feitos por "colegas" que queriam "pregar uma peça" no judeu da sala.
Por que me lembrei disso?
Acabo de me deparar com uma postagem fazendo graça sobre o genocídio Yanomami.
Tem que ser muito desumano para achar que criança pobre não pode ter vaidade. É o puro suco do racismo e do classismo (e de outras coisas também). É um completo show de violência deduzir que criança pobre e vaidosa tem intenções sexuais. É revoltente. É nauseante. É doentio!!!
A diferença não é grande, é abissal. Concorde ou não com as ideias dele, o conteúdo democrático é transversal na fala do atual presidente. É o simétrico oposto dos últimos quatro anos.
Na hora do nervoso, derrapar e soltar um "Pequeno Príncipe" no lugar de "O Príncipe" é compreensível. Risível, mas compreensível.
Agora, ser formado em Direito e afirmar que Machiavelli escreveu a frase "os fins justificam os meios" é inaceitável.
Esse é o ponto.
Episódio novo da série "Rapidinhas": vem revisar com a gente, em menos de três minutos, as principais características da democracia ateniense. Ah, aproveita e clica no link que está na descrição do vídeo pra resolver, on-line, cinco questões sobre o tema!
A mídia tem que começar a chamar as coisas pelo que elas são: não existe 3° turno nas eleições. Se um candidato derrotado contesta o resultado das eleições sem provas, promovendo desinformação e notícias falsas, isso tem nome: crime eleitoral, tentativa de golpe etc. É simples!!!
Quando o abracei, ele me disse que chorava por ver em mim esperança, coisa que ele quase nunca ousou ter na vida.
Ganhei dois presentes nesse dia. A caneta e a lapiseira, que tenho até hoje, e uma verdadeira aula sobre o papel da educação, da educação de verdade,+
Debati e rebati seus argumentos, apontando falhas conceituais e lógicas no discurso dele. Ao final, ele me disse algo como: entendo suas críticas, mas não acredito em você pois o Olavo de Carvalho avisou sobre professores como você.
Episódios assim eram comuns lá. (2/3)
Uma vez, um apresentador esportivo, branco e loiro, escreveu uma coluna em uma revista falando que não se deveria misturar racismo e esporte.
Pra ele, esporte é entretenimento.
Criticou a postura de Colin Kaepernick, dando a entender que esporte é algo só para diversão. (1/5)
Não adianta argumentar. Para muita gente, riqueza material é sinônimo de correção moral e de intelectualidade superior. O fã-clube, que não é rico e sonha em ser, "vive" no ricaço tudo aquilo que não é ou será. É projeção no estado mais puro. Não há como debater com eles...
4h de pesquisa de imagens e de bibliografia. 2h30 de edição de vídeo. Tudo quase pronto. E então, lá vem o Windows e corrompe o arquivo de edição em um milésimo de segundo. Eu tô rindo nervosamente disso faz uns 5 minutos.🤡
Pessoas falando que devemos perdoar o nazismo... Não! Devemos condená-lo e lutar contra o seu retorno. E se você acha que o nazismo precisa ser estudado e por isso deve ser permitido enquanto um partido, quem precisa estudar é você. Leia antes de pensar. Pense antes de falar.
Pra fechar o carnaval: Samba é cultura, é História, é resistência, é plural, é brasileiro. Samba é isso: cinco séculos de uma construção contraditória que somente ele sabe contar com beleza e leveza, sem nunca ignorar a tristeza que nos fundou como país.
Samba é o Brasil. Ponto.
Nas ruas de Paris, o canto é:
"Louis XVI, Louis XVI,
On l'a décapité!
Macron, Macron,
On peut recommencer!
"Luis XVI, Luis XVI,
Nós o decapitamos!
Macron, Macron,
Nós podemos recomeçar!"
Não me venha falar que devemos respeitar incoerências, intolerâncias e falsas equivalências em nome da pluralidade de ideias. Nem que definir a democracia com valores opostos aos seus princípios é liberdade de expressão e debate. É urgente denunciar e expor as táticas desonestas.
Cantam parabéns e eu caio em um choro daqueles de quase não conseguir respirar.
Lá no fundo, o Carlos, um senhor de quase 60 anos, cabelos grisalhos pelo ombro, barba cerrada, dono de uma pastelaria na praça da estação ferroviária, começou a chorar. +