Economista-Chefe e Advisory Board Member
@Interbr
, PhD, CFA, prof., corredora. “If it’s important enough, you’ll find a way, if not, you’ll find an excuse”
Novo governo não tomou posse, não definiu o ministro da fazenda, mas tem como prioridade aprovar nova Pec para aumentar gastos.
Credibilidade e previsibilidade fiscal a gente vê depois.
Depois de todo o alarde sobre a expansão fiscal no 2o semestre, no relatório bimestral do tesouro de hoje, o resultado fiscal de 2022 foi revisado de déficit de R$59bi para superávit de R$14bi, uma diferença positiva de R$73bi.
Será o 1o superávit do governo central desde 2013
O governo consolidado apresentou superávit de R$11bi em setembro. Em 12m, o superávit é R$183bi, 1,8% do PIB. A dívida/PIB teve nova queda para 77,1% e deve fechar o ano próxima de 76%. Risco fiscal segue controlado mesmo com redução de impostos. Aguardamos a proposta para 2023.
Superávit primário consolidado até julho ficou em 2,5% do PIB. Somente R$230 bilhões de superávit em 12 meses. O que seria o oposto de um rombo fiscal.
A dívida/PIB caiu para 77,6% e a líquida para 57,3%.
Opinião impopular: desonerar o consumo no Brasil é positivo. Nossa carga tributária é alta, mais de 33% do PIB, e impostos sobre o consumo são regressivos, oneram mais a baixa renda. Não dá pra defender 30% de ICMS na conta de luz, sorry.
R$102 bilhões de superávit primário fiscal em janeiro! E eu era otimista esperando R$80 bi…
Em 12 meses temos 1,2% de superávit/PIB, dívida líquida de 56,6% e bruta de 79,6%
“Ah, mas…” Sem mas. Teto funciona e não vemos descontrole fiscal.
A redução de impostos está sendo repassada para o consumidor na forma de queda de preços. Bem mais do que se esperava.
Sobre a "perda de arrecadação", estados não podem seguir achando normal tributar 30% bens e serviços. Para ajustarem as contas, precisam tb controlar gastos.
Com os dividendos da Petrobrás anunciados hoje, que se referem ao lucro de 2022, o governo pode ter um superávit ainda maior e usa-lo para redução de dívida. Receita extraordinária sendo usada para abater a dívida, que pode encerrar o ano abaixo de 77% do PIB.
Fala-se tanto sobre gastos do governo, “furos no teto”, “farra fiscal”, economia crescendo à base de estímulos, aí saem os dados e as despesas em setembro caíram 1,1% em termos reais em relação a 2021. No ano, o gasto sobe apenas 2,2%, abaixo até do PIB que cresce próximo de 3%.
Criticar o baixo crescimento no Brasil sem reconhecer o problema fiscal criado entre 2009 e 2015 com crescimento de gastos bem acima do PIB com qualidade ruim dos investimentos feitos, desde a educação até a infraestrutura, é muita desonestidade.
Para todos que já comentaram comigo que não precisa privatizar, basta melhorar a gestão, hoje é um bom exemplo de que não tem como melhorar a gestão de uma estatal. Só privatizando.
Taxa de desemprego tem queda para 8,7% em setembro, em linha. No qualitativo, a PNAD trás indicadores positivos: empregos formais com crescimento maior e alta da renda real média de +3,7% no tri.
Melhora robusta no mercado de trabalho, com massa salarial +10% em relação a 2021.
O superávit primário acumulado em 12 meses já chega a 1,5% do PIB, melhor marca desde o começo da crise em 2014, e teve rápida reversão após os gastos excepcionais com a pandemia.
Graças à
@DuquesaDetax
, descobri hoje que tem pessoas que acham ok pagar 30% de ICMS na conta de luz e estão preocupadas com as finanças dos estados. Mesmo com superávit acumulado de R$62 bi no ano até abril, ou R$126bi em 12 meses.
Eita! Mais uma surpresa no mercado de trabalho, com queda forte na taxa de desemprego para 10,5% em abril (expectativa era 10,9%). A atividade recuperando vem puxando o mercado de trabalho e explica em parte a inflação mais alta em serviços.
É a menor taxa desde fev/2016.
Revisão bem negativa do resultado primário do governo. As despesas alcançando 19,4% do PIB significa uma expansão fiscal de 1,2 pp em apenas um ano, algo inédito para um primeiro ano de governo. E ainda mais preocupante sendo gastos permanentes.
Não tem como aumentar a…
O mais impressionante até agora nas sanções à Rússia não foram as impostas pelos governos ou autoridades, mas pelas próprias empresas retirando seus negócios do país. Preferem ter prejuízos agora, do que ter negócios lá.
A liberdade econômica mais uma vez mostra sua relevância.
Já que não foi possível para o governo comprar a vacina da Pfizer, porque não libera a negociação para o setor privado? Já existem várias vacinas que são disponíveis nos postos de saúde e em clínicas privadas ao mesmo tempo.
O governo fez R$256bi de déficit primário em 2023 (excluindo receita dos fundos incorporados).
Excluindo precatórios de anos anteriores, o déficit do governo central foi de 1,5% do PIB, contra superávit de 0,5% em 2022. Uma expansão fiscal inédita para um primeiro ano de governo.
O resultado primário do governo central foi positivo em R$19,3 bi em julho, acima da expectativa. Em 12m, o superávit primário é de 1,4%, qdo somar os estados, será acima de 2% do PIB.
Crescimento do PIB, aumento a arrecadação e controle de despesas gerando um fiscal positivo.
PIB do 2o tri com nova surpresa positiva: +1,2% contra 0,9% da expectativa. Na comparação anual, o crescimento foi de 3,2%. Deixa carrego de 2,4% para o ano.
Destaque para a indústria, especificamente a construção, e do lado da demanda os investimentos crescendo mais forte.
A taxa de desemprego teve nova queda para 8,9%, a menor desde 2015. O número de pessoas ocupadas no Brasil é recorde da série em 99 milhões. Com a queda da inflação, o rendimento médio real no trimestre subiu 3,1%. A massa salarial teve alta real de 7,7% em 12 meses.
Definitivamente não há mais espaço fiscal no Brasil para medidas "criativas". Por mais nobre que seja a causa, não se cria despesa permanente sem ter a receita. O tempo de empurrar o problema para o futuro está acabando e chegou a hora de resolver de maneira séria, sem populismo.
Ao invés de gastar energia debatendo propostas para melhorar o futuro, vamos ficar aqui discutindo o passado...
Como crescer com tanta insegurança jurídica?
Como diria Pedro Malan, no Brasil, até o passado é incerto.
Passando só para lembrar que o governo, como acionista majoritário da Petrobras, recebe a maior parte dos dividendos. Pode usar para investimentos, reduzir impostos, reduzir a dívida.
Butantan-SP entregou 7 milhões de doses essa semana.
Fiocruz entregou o primeiro lote de 1 milhão de doses produzidas no RJ
Importação de 1 milhão do consórcio Covax chegando no domingo
Saldo da semana: 9 milhões de novas doses sendo distribuídas no Brasil (4,2% da população)
A taxa de investimento do PIB voltou para 19% em 2021, mesmo patamar de 2013. Mas agora sem PAC, sem campeãs nacionais e subsídios do BNDES.
Podemos sim ter investimentos acima de 20%, com boa regulamentação e juros menores.
O setor público pode ajudar reduzindo o risco fiscal
Junho 2020: Selic 2,25% IPCA 1,88%
Junho 2019: Selic 6,5% IPCA 4,7%
Junho 2016: Selic 14,25% IPCA 9,3%
Cenario transformador. Podemos sair do rentismo e ir para a economia real.
A arrecadação federal em set teve alta de 2,6% real, já com redução de impostos e não recorrentes. No ano, cresce 9% real.
O nível robusto das receitas do governo, patamar recorde, deixa claro que não há espaço para aumentar mais a carga, o ajuste fiscal precisa focar nos gastos
Uma Pec para burlar o teto de gastos, a lei de responsabilidade fiscal e a lei eleitoral. (Isso depois de já terem aprovado o fundão de R$5 bi.) Eleições vão ficando cada vez mais caras no Brasil.
O custo desses “benefícios” eleitoreiros já conhecemos: mais inflação e juros.
Governo relança um programa de investimento que não tem sequer um estudo de benefícios ou da geração de crescimento das versões anteriores.
Pelo contrário, temos muitas evidências da ineficiência de alocação do capital e má gestão (junto com escândalos de corrupção).
A resistência à privatização no Brasil é enorme e está muito mais ligada aos privilégios corporativos e benefícios políticos em se manter as estatais.
“Few understand this”
Uma vergonha a câmara derrubar o veto ao fundão. Querem R$5,7 bilhões para fazerem campanha nas eleições. Que desperdício de dinheiro público e falta de senso de prioridade para os reais problemas do Brasil.
O Pix já é 70% das transações eletrônicas. Em breve vai substituir pagamento com código de barras e cartão de débito. Tudo isso com menor custo e mais eficiência.
Dados do BC:
Resultado fiscal em julho foi bem ruim, mesmo ajustando para não recorrentes.
Será impossível fazer ajuste fiscal somente pela receita. Crescimento real de despesas de 8,7% no ano é jogar fora todo o ajuste e sacrifício de anos anteriores.
Investimento público só fará sentido quando tivermos superávit primário e o custo da dívida estiver em 4% ou menos (real).
Enquanto o governo tiver que emitir dívida com esses prêmios que vemos no mercado hoje, não faz sentido expandir gastos, pelo contrário.
Que bom ter mais vozes contra o absurdo que é pedir um “waiver” para gastar no primeiro ano de governo, sem antes apresentar qualquer proposta de reforma que indique como o ajuste fiscal será feito. Opções são muitas.
O problema do custo do crédito para a indústria no Brasil é o mesmo para todos os setores. Não há subsídio que resolva, o governo precisa focar em reduzir o custo da dívida pública, que é a referência para o crédito, principalmente de longo prazo.
Dar mais subsídios de crédito…
A realidade será um gasto 2 a 3 vezes esse valor e a previsão de conclusão em 2028 deve passar para 2032...
O falido capitalismo de estado volta à cena, enquanto investimentos em educação e ganho de produtividade não tem espaço no debate.
Taxa de desemprego tem nova queda para 9,1% em julho, em linha com expectativa. No trimestre, foram 2,2 milhões de pessoas empregadas e a ocupação chegou ao recorde de 98,7 milhões.
O salário médio tb teve alta real de 2,9% no trimestre, resultado em parte do alívio na inflação.
Os próximos governos que assumem em janeiro, federal e estaduais, precisam entender que as restrições orçamentárias não são heranças de 2022. São décadas de crescimento de gastos que resultaram em déficit e elevada dívida. A solução não é mais gastos e sim menos com + qualidade.
O resultado do tesouro nacional em setembro foi mais um superávit de R$11bi. A expectativa pelo Prisma era déficit de R$1bi.
No acumulado do ano, o superávit é de R$34 bilhões, resultado tanto do crescimento da arrecadação como da contenção de gastos, que cresceram apenas 2,2%.
1/n Hoje, me perguntaram como fica a aplicação em NTN-B com o IPCA negativo, precisamente em -0,68% em julho. O rendimento também fica negativo no mês?
Segue o 🧵
IPCA de setembro foi de 1,16%, abaixo da expectativa de 1,25%. Enfim uma surpresa positiva na inflação. Mais da metade do índice foi energia e combustíveis, mas outros grupos tiveram desaceleração, o que pode confirmar que a inflação chegou ao pico e tende a ceder daqui em diante
Eita! IBC-Br cresceu 1,17% em julho, bem acima da expectativa de 0,4%. Na comparação anual, a taxa de crescimento foi de 3,87%.
Atividade começou forte o 2o semestre.
Em geral, a proposta de reforma tributária vai na linha correta.
Alivia o imposto de renda da classe média, com a correção da tabela, e tributa a renda dos pejotas, uma distorção que precisa ser corrigida.
Cuidado com a indignação sobre cortes de gastos públicos. É sempre melhor gastar menos do que gastar mal.
Muitas vezes é um orçamento mais apertado que nos faz ser mais eficientes.
Com a inflação acumulada em 8%, o governo quer aumentar gastos, sem ter fonte e atacando a única âncora fiscal que é o teto. Será que o passado recente não ensinou que essa fórmula acaba muito mal, com mais inflação e juros e queda no crescimento?
Primeiras impressões sobre a PLOA 2024:
- O crescimento estimado de receita administrada é de 19%, com inflação esperada de 3,3% e PIB +2,3%, algo nunca antes visto. A arrecadação cresceria 1,5 p.p. do PIB , um enorme desafio que pode ter impacto negativo na economia,…
Conheci Arminio Fraga em 2001, quando ele era presidente do BC e foi palestrante de uma conferência organizada por alunos de Wharton. Sua capacidade intelectual e educação elevou o debate. Senti orgulho de ser brasileira naquele seminário. Admiro seu trabalho desde aquela época.
Monitor da FGV indica crescimento do PIB de 3% no 2o tri yoy, acima do 1,7% do 1o tri. Mas o destaque é para o qualitativo, com o crescimento do investimento, puxado pela construção.
Um ciclo econômico de surpresas positivas.
Falar que a Argentina não aprende com erros óbvios do passado ficou fácil. Mas vale o lembrete para não flertarmos com ideias de aumento de gastos e investimentos públicos ignorando a disciplina fiscal. Afinal, a crise de 2014-15 deveria estar recente na memória.
IPCA de maio com uma surpresa positiva (que há tempos não víamos!) 0,47% contra expectativa de 0,60%. Boa desaceleração em alimentos e bens pra casa. Difusão ainda é alta em 72% e inflação de serviços tb, 0,85%.
Copom deve dar mais uma alta em junho, mas pode ser a última.
Privatização da Eletrobrás é win-win-win. Ganha o governo, ganham os consumidores e ganham os acionistas minoritários.
Só os político perdem o canal para exercer influência. Mas aí é mais um ganho para a sociedade.
Privatização da Eletrobrás
Se o caixa subiu de R$60 para R$220 bi, significa que os estados arrecadaram mais que o necessário.
Se alguém precisa fazer poupança é o setor privado -famílias e empresas- não o governo. Reduzir imposto sobre consumo nessa conjuntura foi boa medida.
“Eu gostaria de ter governadores e prefeitos obcecados pela educação, perdendo o sono porque as escolas estão fechadas.” Eu também. Passou da hora de pressionar pela abertura das escolas.
25 anos é uma boa definição de longo prazo. Análise mais acertada da minha vida, o melhor buy and hold!
Parabéns meu amor, que venham mais 25!
22/05/1997
Fica claro que o teto de gastos era o melhor regime fiscal.
Não temos maturidade para lidar com a flexibilidade e a incerteza que traz esse cenário tem um alto custo na forma de juros altos e baixo investimento.
Já vimos esse filme antes.
Parte do erro nas projeções de dívida/PIB está na subestimação do crescimento do PIB. Em jan/21 se esperava PIB de 3,4% e foi 4,6%, esse ano era 0,3% e vamos chegar acima de 2,5%. Div/PIB deve ficar abaixo de 77% em 2022.
Crescimento econômico também contribui para ajuste fiscal