Dia desses falei sobre o quão sociável é a elite. O duque Jean des Esseintes, protagonista, é o contra-exemplo: solitário, isolado, prostrado. De família nobre mas decadente, vê do seu castelo um mundo estranho, do qual busca fugir para o abrigo das sensações. Link abaixo

Famílias desestruturadas criam gerações de filhos niilistas e autodestrutivos. A esterilidade autoinfligida é um processo que já começa desde o princípio, quando a autoridade do pai é apenas formal e a suposta sacralidade do matrimônio uma ficção.

Cope. Os pais ja não têm controle nenhum sobre a formação dos seus filhos; a alma deles pertence às instituições de ensino e ao algoritmo das big tech. O "basta treinar" só seria viável socialmente numa ordem na qual fosse restaurada a autoridade da família, mas não neste mundo.

Vai ser triste quando a próxima crisa economica fulminante acontecer e o brasileirinho olhar esses vídeos de gordice lambendo os beiço de desejo sabendo que nem dinheiro pro leite condensado ele vai ter. Então restará apenas a revolta, a anomia, a rebelião das massas.

'ain mas o vira lata caramelo não representam o brasileiro'. Vamos ficar com o caramelo mesmo, pois se formos atrás de uma imagem simbólica condizente ao 'espírito do povo' teríamos que usar essa aqui:

De 2012 em diante, temos a estagnação dessa classe (ela para de progredir materialmente e fica presa nos empregos de merda) e o esmagamento da classe média via carga tributária e escassez de empregos qualificados. Daí o mal estar econômico e o senso de crise sem fim.

Entre 1996 até 2012 houve a modernização do lúmpen: ele ganhou celular, internet, microondas (sim, isso era privilégio até os anos 2000) e acesso ao fastfood e ao padrão de consumo cosmopolitano. Mas não deixou de ser lúmpen, de agir e pensar como um lúmpen.

Fiquei meses sem mexer no substacks e quando voltei percebi que aos poucos aquilo ali está se tornando um instagram para a turma do Café, Livros e Reflexões ®.

O Luva de pedreiro saindo do estado irrefletido vegetal e lentamente ganhando consciência de si e do que os outros falam a respeito dele. Fascinante!.

Ezra Pound cuspiria na cara dos libertários e conservadores contemporâneos.

Tá bem, vamos fingir que a direita contemporânea tem qualquer semelhança com a vanguarda artística pre 1940, reflexo de uma época na qual a divisão política era sobre questões civilizacionais em vez de ser "muh coletivismo, muh livre mercado, nao pisinimim".

Eu escrevi o corpo do texto do substacks até rápido, porém estou há dias arrastando a conclusão com pequenos ajustes, notas bibliográficos e preciosismos de sintaxe, tudo pra chegar no fim, reler e achar uma bela merda.

A relação com irmãos é fascinante, porque você olha pra ele/ela e se pergunta como é possível alguém sair do mesmo ventre,.crescer na mesma casa e com os mesmos pais, e, não obstante, ser um completo imbecil com quem você não compartilha sequer um denominador comum.

Que o homem comum cedo ou tarde lidará com rejeição e paixões fracassadas, isso é tão certo quanto a morte. No entanto, fazer dessa experiência o eixo da própria identidade e se afundar na autopiedade fatalista, é um sintoma mórbido de impotência espiritual.

RT @GeorgHegell: Every consciousness pursues the death of the other.

Séries americanas como um Maluco no Pedaço, Eu, a patroa e as crianças, todo mundo odeia o Chris etc., filmes como Velozes e furiosos, foram muito mais influentes na formação dos gostos do povão do que os ícones da brasilidade tuitera.

Uma feinha dessa pra mim já tava bom.

Tem um sentimento que me acompanha desde a escola, faculdade até o trabalho, especialmente após concluir uma prova ou tarefa; de que você esqueceu alguma coisa ou não fez certo, de que isso vai acarretar um problema futuro. Não é desespero nem angústia, mas, talvez, desassossego.

** encara o amigo com os olhos marejados**. - meu irmão, estou aqui pro que vc precisar, entendeu??. ** Some e fica meses sem nem sequer responder no zap**.